03/07/2024Undime
Debate contou com a participação de representantes do UNICEF Brasil e Campanha Nacional pelo Direito à Educação, nesta quarta-feira (3)
O Brasil, mais especificamente, o estado do Pará se prepara para receber a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada na capital Belém, em novembro de 2025. A Conferência representa um significativo espaço para o diálogo e a cooperação entre os países e territórios com o objetivo comum de diminuir as emissões de gases do efeito estufa e conter o aquecimento global.
O estímulo à preservação do meio ambiente e como isso deve ser trabalhado nas escolas foi tema da mesa-redonda “A perspectiva da COP 30 para a educação no âmbito da Amazônia Legal”, que contou com a participação de Andressa Pellanda, coordenadora-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação; Matheus Rangel, oficial de Educação do UNICEF no Território Amazônico e mediação de Karla Palha Barbosa, Dirigente Municipal de Educação de Itaubal/AP e presidente da Undime Amapá.
Andressa Pellanda chamou a atenção para a frase "Não temos plano B, porque não temos planeta B”, proferida em 2015, pelo sul-coreano Ban Ki-moon, então Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), durante a 21ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro sobre Mudança do Clima (COP21), em Paris.
Para a coordenadora-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, a COP 30 alerta para a defesa climática e os seus impactos, sobretudo, na Amazônia. Isso porque, as características da Região Norte demandam repasses e investimentos diferenciados para sanar os déficits sociais e históricos e garantir o direito à educação, por meio da definição e cumprimento de padrões mínimos de qualidade, ainda não assegurados.
“Isso acende um sinal de alerta de como a gente precisa ainda se aprofundar nesse debate na área da educação para olhar como não só a educação é afetada por essas questões e como ela pode afetar e fazer a mudança que a gente precisa. Mas para isso acontecer, precisamos ter uma estrutura aprofundada e financiamento adequado, e isso passa pelo Custo Aluno Qualidade (CAQ) Amazônico”, pontuou.
Segundo Pellanda, a Educação Climática e Educação para o Desenvolvimento Sustentável são essenciais para a promoção da relação do ser humano com a natureza. “Promover a conscientização em relação à mudança do clima é fundamental dentro do contexto educacional. Vale lembrar que existe uma política (Política Nacional de Educação Ambiental) que aborda a conscientização pública sobre as mudanças climáticas e seus efeitos. Assim, é preciso destacar a importância do trabalho sobre Educação Ambiental”.
Matheus contextualizou explicando que a região Norte é um é um bioma extramamente diverso. “Temos centros urbanos com milhões de pessoas como Belém, Manaus, mas também temos territórios indígenas, comunidades quilombolas e esse ambiente como um todo precisa de um cuidado, precisa de pensar sobre os legados que vamos deixar”.
Ainda em questão de estrutura, Matheus lembrou das dificuldades de acesso à internet que as escolas brasileiras ainda enfrentam. “A região Norte, junto com a Nordeste, é a que apresenta maior número de escolas sem internet no Brasil, tendo apenas 1 em cada 4 escolas rurais com internet. Essa proporção aumenta ainda mais ao olharmos apenas a região Norte. Além disso, a proporção de escolas indígenas sem internet aumenta ao considerarmos todo território amazônico e a maioria das escolas indígenas no Brasil não possuem internet”, alertou.
Fonte e fotos: Undime
Debate contou com a participação de representantes do UNICEF Brasil e Campanha Nacional pelo Direito à Educação, nesta quarta-feira (3) O Brasil, mais especificamente, o estado do Pará se prepara para receber a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada na capital Belém, em novembro de 2025. A Conferência representa um significativo espaço para o diálogo e a cooperação entre os países e territórios com o objetivo comum de diminuir as emissões de gases do efeito estufa e conter o aquecimento global. O estímulo à preservação do meio ambiente e como isso deve ser trabalhado nas escolas foi tema da mesa-redonda “A perspectiva da COP 30 para a educação no âmbito da Amazônia Legal”, que contou com a participação de Andressa Pellanda, coordenadora-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação; Matheus Rangel, oficial de Educação do UNICEF no Território Amazônico e mediação de Karla Palha Barbosa, Dirigente Municipal de Educação de Itaubal/AP e presidente da Undime Amapá. Andressa Pellanda chamou a atenção para a frase "Não temos plano B, porque não temos planeta B”, proferida em 2015, pelo sul-coreano Ban Ki-moon, então Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), durante a 21ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro sobre Mudança do Clima (COP21), em Paris. Para a coordenadora-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, a COP 30 alerta para a defesa climática e os seus impactos, sobretudo, na Amazônia. Isso porque, as características da Região Norte demandam repasses e investimentos diferenciados para sanar os déficits sociais e históricos e garantir o direito à educação, por meio da definição e cumprimento de padrões mínimos de qualidade, ainda não assegurados. “Isso acende um sinal de alerta de como a gente precisa ainda se aprofundar nesse debate na área da educação para olhar como não só a educação é afetada por essas questões e como ela pode afetar e fazer a mudança que a gente precisa. Mas para isso acontecer, precisamos ter uma estrutura aprofundada e financiamento adequado, e isso passa pelo Custo Aluno Qualidade (CAQ) Amazônico”, pontuou. Segundo Pellanda, a Educação Climática e Educação para o Desenvolvimento Sustentável são essenciais para a promoção da relação do ser humano com a natureza. “Promover a conscientização em relação à mudança do clima é fundamental dentro do contexto educacional. Vale lembrar que existe uma política (Política Nacional de Educação Ambiental) que aborda a conscientização pública sobre as mudanças climáticas e seus efeitos. Assim, é preciso destacar a importância do trabalho sobre Educação Ambiental”. Matheus contextualizou explicando que a região Norte é um é um bioma extramamente diverso. “Temos centros urbanos com milhões de pessoas como Belém, Manaus, mas também temos territórios indígenas, comunidades quilombolas e esse ambiente como um todo precisa de um cuidado, precisa de pensar sobre os legados que vamos deixar”. Ainda em questão de estrutura, Matheus lembrou das dificuldades de acesso à internet que as escolas brasileiras ainda enfrentam. “A região Norte, junto com a Nordeste, é a que apresenta maior número de escolas sem internet no Brasil, tendo apenas 1 em cada 4 escolas rurais com internet. Essa proporção aumenta ainda mais ao olharmos apenas a região Norte. Além disso, a proporção de escolas indígenas sem internet aumenta ao considerarmos todo território amazônico e a maioria das escolas indígenas no Brasil não possuem internet”, alertou. Fonte e fotos: Undime